Andava por aí a divagar...andei as voltas atrás de mim e com medo de avançar e prometi-me encontrar a solução para voltar a viver pois não havia força que me conseguisse convencer a morrer...
Andei a vaguear em segredos escondidos... em sinais vindos de ti e os quais sempre li, sempre os questionei...mas apenas a mentira e o desprezo reinaram...e são agora espadas sem gume de um coração vazio que lanço em novas guerras...
A vela que à chuva se tinha apagado num Inverno que em mim ficara foi acesa por uma nova aurora e por uma chama incansavel e agora por tua causa estava com medo de me levantar...mas a luz foi mais forte....
Agora que passei a solidão e encontrei o motivo de viver de novo com emoção, vou ressemeando a minha seara, voando para o meu ninho e reconstruindo o meu castelo... os sinais, visões ou noticias que antes me magoavam, agora fazem-me rir ou ter pena da cegueira e da mascara que defendeste nunca usar... pois só eu sei o que passei dentro de mim por acreditar nos sorrisos que outrora vendiam algo que não existia...
Não há tempo que agora faça esquecer o que sofri e as datas vão marcando mas cada vez menos, e como tal vou fazer com que a tua presença passe a indiferença e da indiferença ao esquecimento, pois não quero voltar ao que matei...e facilmente os olhos frios e ocos me relembram a facada....pelo que não olho ao por-do-sol....
.De noite em noite, de amigo em amigo, de mentira que se foi tornando verdade...passo a passo, fui capaz de finalmente de não perdoar quem não gostou de mim e passar a deixar que quem me ama possa me fazer sorrir...
Doi tentar oferecer o que já pouco resta a quem tudo agora merece...mas lá no fundo há uma flor branca que permanece e teima em se tornar canteiro e de canteiro será jardim pois quem a rega sabe cuidar....
E as fotos que antes me faziam acreditar e pensar que um dia seriam mais fortes, estão longe e arrumadas com as noites de tormenta e mentira...a mentira em que acreditara passou a lenda e proibi os sonhos de ousarem me mentir...os sonhos estes..agora voam noutras pastagens bem mais verdes e bem mais floridas...
Já não sou dono do meu coração...é milagre ou maldição...não sei... sei que mo limparam de correntes e de feridas e agora sofro não de saudade ou perca, mas de dorido de anos sentando a sofrer... e agora só temo cair e não andar...sofre quem me levanta e quem batalha por mim, mas cada vez menos... as feridas cicratizadas começam a criar pele nova e mais uma noite e vou conseguindo esquecer, detalhe a detalhe, dia –a –dia vou libertando esse espaço para uma nova lufada....hipnotizado por um novo poder que me vai consumindo..vou começando a reaprender a andar, reaprender a sonhar...
E tu em mim já passaste a um passado ao qual vejo-me agora forçosamente a lembrar por estes dias...mas tal como jurei a mim mesmo e ao respeito por tudo e afirmei...! até ao dia em que me esquecer da dor que me levou quase a morrer... talvez te consiga olhar... até lá és a última pessoa que quero ver.... és seringa de uma dependência de droga que não quero voltar...és tudo o que odeio e agora tenho o simétrico a minha frente
óbvio que as datas vão me tentar magoar... mas agora sou de sol em sol cada vez mais forte e mais livre... e por isso tento não me assustar e não me deixar em cair, para ser feliz....
Perdido em medos e peças antigas... entro já amanhã no teatro da paixão e sei que sei representar... só me falta voltar-me para o público e ser capaz de o enfrentar....