Que horas são? Parece que já é de manhã.... Mas o pesadelo ainda ali está e a tua foto é tudo o que tenho... mas será que os Deuses me estão a ouvir... sangrando levanto-me da cama e arrasto-me ate ao lavatório onde tento lavar sangue de feridas que não param... continuo e agarro no arame feriado em que se tornaram os dias... gritando no mais profundo silencio e dilacerando carne e voz tento manter o castelo erguido...sabendo que não conseguirei mover o Mundo, porque os Deuses falam mais forte...
Ajoelho-me aos que antes ignorara e peço-lhes perdão e clemência para ti porque não posso perder mais...já não tenho nada...só gasto o tempo para que os dias passem e as paredes já conhecem a minha face e já mostram as minhas lágrimas...
Mas tudo continua e a historia anda devagarinho e eu coloco mais uma liga que logo fica ensanguentada e continuo a andar.... Ainda olho a faca que ficara pronta para um dia ser cobarde mas não... sou sangue Luso do mais puro...e de raízes mais fortes que uma sequóia, cravo mais um prego em cada um dos pés para que sangrem mas para que me fixe...bem na base do castelo para que este não tombem e volto a vestir a armadura e brasão para defender com aço fantasmas aos quais o mundo físico não toca...
E aguento de peito erguido a batalha que sei que não consigo combater...
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