Tuesday, September 11, 2007

Dulce et decorum est pro cruore mori"


Diz-me mãe o que vês. neste meu corpo
diz-me mãe se LHE devo perdoar esta ferida
voltei lá sabes? sim sabes..
voltei onde me ajoelhei a última vez,
voltei onde me verguei aos SEUS pés
mesmo assim, de preces, paredes e vidros santificados
Levou-te e deixou-me sozinho nos prados


E agora? Diz-me mãe e agora?
Sou quem devia já ter sido sem vocês cá
carrego a cruz e as chagas que sangram a cada aurora
e no entanto procuro a paz inalcançável em braços, abraços, sem fauna ou flor
porque este meu mundo não é o mesmo mã, o velho mundo morreu e so ficou o vosso amor

Diz-me mãe, se vale a pena... morrer e embainhar a espada,
ou se simplesmente continuo...levanto-me e viro costas a um reino a arder
e de puro sangue lusitano por-me a cavalgar e a gritar
para dentro do campo contra anjos e demonios combater
se devo a cruz a bandeira e o sangue defender.

Diz-me mãe se estás bem, diz-me mãe, diz-me mãe
porque se não mo disseres não sei...
não sei que reino defendo, só o que defendia
Diz-me mãe... se lhe perdoo, mesmo tendo-me tirado o que mais queria...

Por cada gota 1 dia, por cada memoria 1 ano, por cada dor 1 vida

Outrora, Agora e sempre vosso

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