Tuesday, October 24, 2006

Hoje morri outra vez...


Hoje morri outra vez..... uma morte lenta mas bela equanto te imaginava... admiti que há coisas de facto maiores que eu... e que o Mundo é cruel para nos moldar, a vida é linda mas imperfeita... dura para que saibamos dar valor às coisas certas... e que os grandes foram grandes porque cederam a vida eterna a uma imortalidade ferida de percas incontornaveis e sem preço....porque este tipo de amor é diferente é intrinseco e imortal... Somos mortais e lutamos contra as limitações que a vida nos impõe... é isso que faz da familia o poder mais alto do Universo...o sangue que nos corre é eterno e inegualável e não tem fim no gotejar de dor...
Vivi à tua imagem e vou continuar a fazê-lo... terei alguem ao meu lado tão valioso como a mãe que me pôs ao mundo... tão corajosa como aquela que te apoiou sempre.... e sempre.... e sempre e sempre... e sempre... e sempre.....até perder a conta quando precisaste tal como tu a apoiaste na mesma exacta medida sem mais nem menos e sem as contar quando ela precisou ... tal como estiveste, estás e estarás no mais profundo sangue no mais rígido musculo.. na maior raiva no mais simples sorriso no maior amor e na feição de cada bêbê...daqueles que te amaram e te amam e te amarão para sempre... És um pilar que continua a suster-me, a força do que vivo em conjunto com eles por quem dou e darei tudo... Deus e Ceu por teres sido o que foste e por me fazeres o que sou ... Orgulhosamente vestirei a tua armadura e marcharei contra os infinitos exercitos que me defrontarão até ao meu ultimo suspiro...porque já não sou mortal... já morri mais vezes do que se pode contar... e já me esvaziei em sangue tendo de ter comido iguais e bebido o dos que me tentaram matar... Mas até ao ultimo bater...até ao ultimo dia em que as nuvens passarem por cima de mim e eu já não conseguir levantar um dedo que seja estara cá alguem.... para continuar o teu legado... não há voz que me convença a MORRER...
Fragilizado e louco de insanidade da tua morte...deixei que os que me deviam amar me traissem dentro do que me era mais querido...que me tentassem afastar dos que me amam verdadeiramente... rindo de mim e trossando do que sentia... andei perdido no escuro do teu luar... mas acordei na loucura velhaca que a todos corroeu.... mataram-me o meu amor e saí do meio do campo de batalha.... caquetico de uma vida de psicopatia e de servidão onde era escravo de vontades egoistas e de doentes autistas que só viam o que queriam ver... voltei a atravessar o deserto onde moro... e não não fugirei da morte eterna ou deste campo onde serei esfaqueado...caminho pelos montes e vales entre os que acham que têm razão por me rotularem do que não sou e me xingarem pelo que fui e de quererem ser algo que não são ganhando uma luta que nem me dou ao trabalho de travar...voltei a perder e a perder tudo...mas voltei a caminhar... ganhando no Oasis do meu sangue a agua para a sede e a força para continuar a caminhar...
Não.... não cairei nem vou cair... porque até lá levarei todos os que se atravessarem no meu caminho... não há maré ou vento... musa ou ouro que me afaste de ti... mais do que te amar sou tu...sou nós....sou o que tens de melhor e começo a perceber o que o mundo tem de pior...
Mas não te preocupes meu pai....pois não caminho sozinho neste vale de mortos e sombras... sou luz branca que ilumina os que cegos caminham... já levantei muribundos em tua honra e continuo a sangrar até sair do vale... Não há gloria nos fracos nem vida nos fortes...mas há legado nos honraveis...
Voltei....mataram-me mas voltei meu pai e continuarei a fazê-lo até que alguem me traga paz neste mundo de guerras... Não quero mais falsas amazonas e arpias escondidas... A minha Hera virá e dar-me-á a força e a vida que me falta e viverei para a amar, para a honrar e para a defender...
A nossa perda é o ganho dos céus... Já Morri meu pai...faz muito tempo... e um morto não pode morrer outra vez... um morto não pode ser parado... um louco não pode ser derrotado... serei imortal até ao dia em que me pararem de esfaquear e o amor apaziguar as guerras e os ódios que detenho.... não estou sozinho meu pai... encontrei aliados neste mundo profano... fieis à causa que defendemos... não estou sozinho meu pai...porque nunca me deixas-te.... não estou sozinho meu pai...enquanto puder subir ao ponto mais alto...olhar o mar e gritar...sei que há alguem que me arrancará esta seta de duplo gume ...
Estou morto...mas não sozinho....
E hoje visto a armadura que me deixaste, ebainho a espada que forjaste e corto-me no braço em mais um corte de sangue... saro a cicatriz e ajoelho-me ao teu altar... pois a guerra está lá fora meu pai... pois este mundo continua a ser cruel aos fieis e justo aos falsos... tenho as sandálias gastas mas prontas... e o estandarte roto mas de simbolos bem à vista... estou morto meu pai mas sedento .... do sangue de mostrar a raça de que sou feito...
Pelo que fui... pelo que foste... pelo que sou e pelo que defendo... sairei...até ao dia em que voltar ou com flores ou o meu corpo no topo da armadura...
Porque um dia soube o que é ser amado sem terem de mo dizer...e porque sobrevivi à maior facada fria por alguém que se apresentara a ti como meu braço... Por ti por eles por todos...

Ad eternun

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