Thursday, May 10, 2007

Passividade de uma morte lenta


Por vezes assistimos e vemos o que não queremos ver... por vezes queremos ajudar e não podemos ou não conseguimos... por vezes assistimos à morte lenta de um amigo e não o podemos defender...



A paixão masculina é muito diferente da feminina, reside sobretudo na honra e no respeito, não pode muitas vezes ser vista senão nos actos...ela vive do valor do seu maior tesouro...sobrevive do seu melhor valor...o amor e beleza exclusivo da sua mulher

É lindo o poder do brilho dos olhos...é infinita a força e o magnetismo de duas almas protegidas por um círculo intocável, é louca a vida a dois, é incomparável a beleza, a força e o tamanho de um verdadeiro castelo de fadas, o construído todos os segundos a dois, o castelo onde reina a Rainha e sorri o Rei contente de o ter protegido.

É um valor mais alto que a sua própria vida o amor de homem...não pode ser testado, não deve ser tocado e nunca duvidado quando puro sob o risco de o poluir de vez...

Não há sensação que descreve o que sinto por poder amar e ser amado...não há palavras que se assemelhem a tal valor, tal felicidade a de saber que se vive a dois, um para o outro, um pelo outro, uma equipa, uma união...uma alma

Pelo contrário e como homem, já vi e presenciei...o pior dos crimes passivos...o ignorar da exclusividade e o exacerbar da vontade pessoal, o esquecer da esfera a dois, o reivindicar uma autonomia que nunca existe quando se ama...já vi e presenciei...o morrer no olhar de um amigo, a dor de ver a sua rainha vestir-se, dançar e olhar para outros..., já vi e fui obrigado apenas a ver, o grito silencioso de um homem que morria por dentro à minha frente e que mesmo assim esboçava um sorriso oco... e ela...ela continuava de espelho na mão, cartas e convites para os outros...ignorando que o tempo não era para eles...que ela era linda...a mais linda ao olhos dele...a luz a vida e a cor dos dias e das noites... e nesse mar cruel ele deixou-se vaguear sem vela...vazio por dentro ela ainda melhora contando como ele não é o único a partilhar as tardes, as noites, os sorrisos, os abraços, as carícias, os almoços, os jantares, as festas e as luzes do luar...não....não é traição... traição trespassa e mata...esta morte é pior...é facada de veneno que vai matando, mas a morte é anunciada quando a lamina entra...

Infeliz aquela que pensar que o ciúme, a desconfiança e a incerteza a pode ajudar a melhorar uma relação... Abrir as portas do Castelo é rasgar uma seda irreparável...

Nós os homens nascemos sonhamos e vivemos sobre um código mais antigo que a nossa cultura... somos moldados, vivemos e amamos, para termos a nossa casa a nossa mulher, a nossa princesa, a nossa rainha, e defendemo-la pelos valores que ela nos transmite, pela tranquilidade, respeito, fieldade e sobretudo pelo valor que é sabermos que a beleza verdadeira dela é nossa e que o podemos defender em público...e é por isso que só há uma musa e que todas as outras são apenas e só fantoches de uma sociedade podre de valores, penas atiradas para partir uma muralha....

Idiota aquela que pense que tem de se sentir bela mostrando-se aos outros e ignora o efeito, de tristeza, desrespeito e descrença criado no seu homem...estúpida a que leva outros para a sua esfera a dois, ridícula a que se esquece que um homem também sente, miserável a que não quer ver e troca amor por instintos primários... pela frente ou por detrás...a facada é indirecta, mas sangra sempre, sente-se sempre, no tempo, na distancia, na falha, no romper da esfera, no acinzentar do mundo...no olhar dele...no silencio...no virar das costas...um Leão ferido nunca mais caça...afasta-se até morrer...

Quebrar a confiança de um homem colocando em dúvida a dedicação exclusiva, vai matá-lo e mesmo que ele diga o contrário, a verdade é que morre...morre o verdadeiro amor e a luta...morre a honra, morre a razão pela qual ele se deve guardar para ela apenas...morre...

O amor de homem vive do mel de flor da mulher... se ela for transmissível e parecer solta... se abrir os portões, outros entrarão no castelo e verão os tais jardins proibidos, o gozarão e o ridicularizarão, sentar-se-ão à mesa dele e mesmo que a Rainha pense que é cortesia, é pura guerra, é o afirmar que ele não tem o castelo que afirma, não tem a alma que defende, pois todos eles conseguem entrar no castelo e desfrutar do jardim, do tempo com a Rainha e da vista, e ele..ele é apenas o que a sustenta....e ele perderá a luz da sua gema de vida...enlouquecerá

Triste de quem não sabe o que tem... infeliz quem acha que tem de ser cobiçado por mais do que o companheiro só para se sentir alguém...

Depois... mais tarde...no dia em que não há honra, não há respeito... o mel de flor não é mel...nem melaço... é agua suja...e ninguém a bebe, ninguém a guarda...apenas a usam para lavar o corpo...




Apesar de não te poder ajudar...estarei lá sempre...apesar de não perceber porque não lutas...eu ajudar-te-ei aconteça o que acontecer...

No comments: